tag:blogger.com,1999:blog-61724352224221492982024-03-14T10:55:38.235-07:00VIDA SOZINHOHistórias, reportagens e dicas para quem mora sozinhoVida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.comBlogger55125tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-24703400941691508692010-04-14T17:10:00.000-07:002010-04-14T18:32:13.398-07:00AtençãoOlá leitores,<div><br /></div><div>Com o fim do TCC, nossas rotinas mudaram e encerraremos as postagens aqui no blog . </div><div>Algumas pessoas têm nos procurado para saber mais sobre o <a href="http://tccvidasozinho.blogspot.com/2009/11/serie-de-reportagens-especiais-vida.html" target="resource window"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FF6600;">Vida Sozinho</span></b></a>. Quem se interessar, pode encontrar mais informações sobre o trabalho e nossos contatos nos links:<br /><br /><a href="http://minhanoticia.ig.com.br/editoria/Comportamento/2009/12/02/documentario+discute+mercado+single+e+viver+sozinho+9187037.html" target="resource window"><span class="Apple-style-span" style="color:#009900;"><b>Minha Notícia</b></span></a><span class="Apple-style-span" style="color:#009900;"><b><br /><br /></b></span><a href="http://uscsciencia.blogspot.com/2009/12/documentario-de-radio-da-uscs-discute.html" target="resource window"><span class="Apple-style-span" style="color:#009900;"><b>Agência USCS</b></span></a><br /><br />Nossos e-mails podem ser vistos em qualquer um dos links e estaremos à disposição de vocês para qualquer dúvida.</div><div><br /></div><div>Desejamos sorte e sucesso aos "sozinhos" e aos que pretendem iniciar a vida "só". Agradecemos muito por compartilharem suas experiências conosco, não apenas pelo trabalho, mas também, e principalmente, pela lição de vida que tivemos!</div><div><br /></div><div>Essa lição carregaremos para sempre!</div><div><br />Audrey, Samanta e Samira continuam a escrever. Só que agora sobre outro assunto e em novo endereço. Quem se sentir órfão de nossos textos, poderá matar a saudade lá:<br /><br /><a href="http://www.opigmaleao.com/" target="resource window"><span class="Apple-style-span" style="color:#FF6600;"><b>http://www.opigmaleao.com</b></span></a><br /><br />Obrigada por tudo!</div><div><br /></div><div>Equipe Vida Sozinho</div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div>Vida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-6205180603785863152010-01-14T16:01:00.000-08:002010-01-14T16:24:49.581-08:00Entrevista com Alex Sandro dos SantosPrimeiramente saudações a todos os leitores do Vida Sozinho! Que este ano seja maravilhoso para todos vocês!<br />A gente inicia nossa publicação de 2010 com a história do Alex Sandro dos Santos. Infelizmente não pudemos usar a sonora do Alex na <a href="http://tccvidasozinho.blogspot.com/2009/11/serie-de-reportagens-especiais-vida.html">série de reportagens especiais</a>, porque o áudio possuia muitos ruídos, mas este é um personagem bastante curioso. O Alex tem 23 anos e não mora mais sozinho, entretanto quando morou, experimentou viver só na comunidade do Heliópolis (SP) e passou alguns "apuros" nessa experiência.<br />Ele mostra que é possível sim viver só, mesmo com o orçamento baixo! <strong><br /></strong><br /><strong><span style="color:#333333;"><span style="color:#000000;">VS:Há quanto tempo você morou sozinho?</span><br /></span></strong><br />AS:Durante 8 meses. Não é muito tempo, mas foi oito meses<br /><br /><strong><span style="color:#000000;">VS: E por que você decidiu morar sozinho?</span></strong><br /><br />AS: Porque na realidade eu morava junto com minha família, meu irmão, meus irmãos e minha mãe, só que tava tendo muita confusão e eu sempre fui de sair de casa cedo, assim, querer tomar minhas decisões sozinho, é...desde cedo. É, minha primeira experiência de sair de casa foi quando eu fui morar com a mãe da minha filha e hoje a gente não mora mais junto, mas eu morei com ela durante dois anos e meio, e aí foi uma experiência que pra mim foi interessante, só não foi muito bom assim em relação, tanto que depois a gente separou, e aí eu voltei pra minha mãe. E aí depois que eu voltei pra minha mãe não foi, não era a mesma coisa quando você sai a primeira vez, você nunca volta e continua sendo a mesma coisa, né. E aí, comecei a ter muita intriga com minha família e aí eu fui em busca de uma casa alugada, pra morar sozinho, mais questão de já ter gostado de ter saído, e por questão de intrigas de ter dentro de casa.<br /><br /><span style="color:#ff6600;"><strong><span style="color:#000000;">VS: Então você foi pra buscar independência? Foi isso?</span></strong><br /></span><br />AS: Foi. Foi mais pra conhecer como é esse lance da independência, como é que é você tomar suas decisões, você cuidar de você mesmo, você passar sufoco sem ter sua mãe pra ta do lado te amparando, então eu sempre gostei disso, então foi algo que eu decidi, fui e gostei e achei interessante. É bem... Não me arrependo.<br /><br /><strong><span style="color:#000000;">VS: Você pode descrever sua casa pra gente?</span></strong><br /><br />AS: É, na realidade pra mim compra uma casa, pelo local que eu moro hoje, né, pela comunidade, porque até então eu não queria ir pra um lugar muito longe, porque é onde que eu trabalho, é onde que tudo os meus amigos moram, é onde que eu conheço todo mundo, então eu consegui encontrar dois cômodos, né, que era um quarto e uma cozinha, e na realidade o banheiro eu dividia com um vizinho também que na realidade era dentro de um terreno que tinha várias casas, e aí eu dividia o banheiro com esse vizinho, mas dentro da casa era confortável, interessante, só que quando você vai morar sozinho, se você mesmo assim tem que dividir algo com alguém é meio complicado, você fica meio naquela de limpeza, você tem um jeito de limpar, a pessoa tem outro, você tem seus horários pra usar a pessoa tem outro, então assim, dentro da casa pra mim era tranqüilo, minha dificuldade maior dentro da casa era mais em relação a usar o banheiro, que na realidade eu tinha que tomar banho pra ir pra faculdade, tinha que tomar banho pra ir trabalhar, às vezes eu levava minha filha e tinha os horários que ela tomava banho, tudo, então era meio complicado, mas a casa interessante, a cozinha era grande, tinha bastante espaço pra fazer muitas coisas e no quarto também era confortável tava ótimo.<br /><br /><strong><span style="color:#000000;">VS: Você adquiriu alguma mania morando sozinho?<br /></span></strong><br />AS: Acredito que sim, eu ao lembro de antes de quando eu morava com minha mãe, se eu tinha isso, mas hoje eu tenho muita mania de limpeza, limpo toda hora, tiro poeira toda hora, dobro toda hora, é, eu já era meio chato com isso de organização, hoje em dia acho que eu sou mais ainda, eu não agüento ver nada meu fora do lugar, eu mesmo vou lá e boto no lugar, quando tiram eu fico bravo, eu tenho uma prima que mora com a gente desde criança, hoje ela tem a mania de sempre chegar nas minhas coisas pegar, usar e não colocar no lugar, isso me tira meio do sério, e aí acho que a mania que eu peguei, foi de querer tudo sempre no lugar, organizadinho. Essa foi a mania que eu acredito que eu tenho.<br /><br /><strong><span style="color:#000000;">VS: Como foi pra se virar pra cozinhar, fazer coisa de casa, sozinho?</span></strong><br /><br />AS: Na realidade eu nunca tive muita dificuldade pra isso, porque minha mãe criou os filhos dela já ensinando a se cuidar, porque ela nunca foi de querer os filhos sempre dependendo dela, só que hoje em dia ela cria os outros, um pouco mais velho e um mais novo, que é o caçula, sempre o caçula é bem beneficiado da mãe, então ela cria eles com manias, meu irmão mais novo que é onde eu tive mais intriga, ele quer tudo na mão, quer tomar o café que ela leva, o almoço que ela põe, então isso tudo deixou ele com essa mania. Eu não, eu sempre fui curioso, cheguei sempre quis aprender a fazer, sempre cozinhei dentro de casa, sempre gostei de fazer minhas coisas, tanto que dentro do projeto antes de eu começar a trabalhar aqui, teve uma festa junina aqui e eu vi um dos professores fazendo bolo e torta pra vender e me interessei, fui aprender, aí ele me ensinou tudo, eu fiz, a gente fez mais ou menos quarenta bolo e torta e a gente conseguiu vender tudo, então aquilo acabou criando mais assim, então acabei gostando mais da cozinha, então eu sempre soube fazer um arroz, um feijão, temperar uma carne tudo, isso não foi dificuldade não. Pra mim a dificuldade maior era conseguir ficar sozinho, que eu nunca, a família era grande, mas consegui tranqüilo e hoje já ta tudo em ordem.<br /><br /><strong><span style="color:#000000;">VS: Você sentiu solidão morando sozinho? Como fazia pra lidar se você sentiu?<br /></span></strong><br />AS: No início eu senti, eu senti que era tudo muito parado, eu e a televisão praticamente, eu e as músicas, no início pra mim foi difícil, acho que eu senti isso durante um mês só, mas depois eu consegui me adaptar legal, levar meus amigos pra jogar um vídeo-game, tudo, mas acho que pra me adaptar foi fácil, acho que o que me ajudou mais foi quando eu saí de casa a primeira vez, depois fui, você só tem que se acostumar a ficar sozinho. De resto, foi tranqüilo.<br /><br /><span style="color:#33cc00;"><strong><span style="color:#000000;">VS: E o orçamento doméstico? Você que pagava todas as contas?</span></strong><br /></span><br />AS: Isso eu também sempre fui independente também, comecei a trabalhar cedo, então a gente vai, mesmo na dificuldade que você vai encontrando, você vai aprendendo a lidar com o seu dinheiro, então eu pagava meu aluguel, pagava água, luz sem problema nenhum que era praticamente o que mais gastava. Da pra você se manter, comprar alimentos, por dentro de casa era mais tranqüilo. Como era só eu dentro de casa e às vezes minha filha, alguns finais de semana ela ficava comigo, então não tinha muito orçamento de alimento, era mais tranqüilo, na realidade a dificuldade maior que eu encontrei foi colocar móveis dentro de casa, que na realidade eu saí de casa, saí da casa da minha mãe, tudo que eu comprei quando eu morei com a mãe da minha filha, ficou lá com ela. Aí eu fui pra minha mãe sem nada, e eu saí de novo, e foi onde eu tive que gastar mais, comprar cama, guarda-roupa, geladeira, fogão, tudo. Tanto que até hoje eu to terminado de pagar a geladeira, o restante já ta tudo quitado já. De resto, o orçamento eu só tive que aprender a diminuir os meus gastos pra menos, o resto foi tranqüilo.<br /><br /><strong><span style="color:#000000;">VS: Teve alguma situação engraçada que você não sabia fazer alguma coisa e você teve que se virar e acabou acontecendo algum acidente?</span></strong><br /><br />AS: Não, que eu me lembro assim foi engraçado pela situação, mas não causou nenhum acidente, foi a dificuldade que eu encontrei de fazer a televisão pegar bem dentro daquela casa, porque era um lugar baixo né, então antena nenhuma que tinha pegava, então eu levei a televisão pra todos os cantos da casa: pra cozinha, pro quarto, só faltei levar pro banheiro e mesmo assim não pegou, eu comprei todo tipo de antena, fio e colocava e não pegava, aí até que um dia eu cheguei do serviço e vi um fio esticado no quintal, só que ninguém tava usando, eu achei estranho, aí fui lá e conectei o fio que eu tinha comprado com aquele fio e a televisão pegou limpa, porque tinha uma antena lá encima disponível e eu não sabia, encima da laje, aí eu fiquei nervoso, depois de dois meses brigando com a televisão, só assistindo filme e querendo assistir um jogo, algo parecido e ao conseguia fazer a televisão pegar aonde que eu queria, só que eu tive que ralar um pouco pra isso.<br /><br /><span style="color:#33cc00;"><span style="color:#000000;"><strong>VS: Qual a melhor parte de morar sozinho?</strong></span><br /></span><br />AS: Melhor parte de você morar sozinho é você colocar sua cabeça no lugar, suas idéias, você perceber que dificuldade existem, mas não pode parar e deixar ela tomar conta de você, é, eu acho que você morar sozinho, sozinho mesmo sabendo que aquilo tudo é você que vai ter que tomar conta, traz mais responsabilidade pra você, você começa ter mais valor por suas coisas e você realmente aprende a viver aquilo que você luta todo dia, eu acordo cedo todo dia pra ir trabalhar e você aprende a valorizar um pouco mais aquilo. Acho que isso foi o que mais aprendi depois que eu comecei a morar sozinho. Acho que essa foi uma das minhas lições.<br /><br /><span style="color:#000000;"><strong>VS: E você acha que quem mora sozinho tem maior dificuldade de relacionamento ou o contrário? Afeta alguma coisa no relacionamento?<br /></strong></span><br />AS: Acho que morando sozinho te traz mais liberdade, mais como é que eu posso dizer, você consegue contornar melhor suas relações, só que ao mesmo tempo você tem que tomar cuidado com aquele lance de mesmice. Você tem uma relação com a pessoa, você leva ela pra assistir um filme e você já leva ela embora, ou ela vai e fica um dia na sua casa, acaba que você não sabe como contornar isso, porque se você ta na casa de alguém, principalmente de pai e mãe, você também tem essas pessoas pra ela estar conversando. Agora quando não tem, você tem que ser uma pessoa bem ligada e não deixar a relação ficar numa coisa tipo a gente vai pra lá de novo pra assistir tal coisa, a gente vai pra lá de novo pra mim te ajudar a lavar louça, então acho que isso quebra um pouco, você tem que ser um pouco ligado pra ter uma noção de variação, você tem que variar as coisas, acho que você sabendo fazer isso é tranqüilo.<br /><br /><span style="color:#000000;"><strong>VS: E você gostou da experiência? Você indicaria a outras pessoas a morar sozinhas?<br /></strong></span><br />AS: Ah, gostei. Gostei, eu acho que pra mim todo mundo, qualquer pessoa que é dependente do pai, da mãe, do irmão, da tia, de quem for, é necessário ter um pouco dessa experiência, porque volta outra pessoa, volta um pouco mais ligado na vida, volta sabendo que sua mãe, a pessoa que você depende não vai estar lá todo dia pra te atender, não vai estar lá quando você tiver com preguiça de repente de passar uma roupa e ela ir lá passar pra você pra quando você quiser já estar passada, eu acho que é bom pra todo mundo que acaba criando um hábito de responsabilidade, acho que isso é bom. Acho que ajuda muito o crescimento pessoal da pessoa. Acho que é isso.<br /><br /><span style="color:#000000;"><strong>VS: Você gostaria de acrescentar alguma coisa?</strong></span><br /><br />AS: Acho que só a pessoa mesmo correndo atrás e vê o quanto que isso ajuda mesmo, a pessoa tem que sentir vontade, se tem algo que ta atrapalhando e ela não consegue contornar, eu acho que nada mais justo que ela correr atrás e resolver os seus problemas, se é ela, o problema ela mesmo tem que mudar a situação e ela mesmo vais e resolver, porque só assim consegue uma outra visão, acho que não tenho muito o que acrescentar não.<br /><br /><em>Todas as entrevistas estão postadas conforme a transcrição, seguindo a risca a fala, gírias e vícios de linguagem dos entrevistados.</em>Vida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-85217572449419291882009-11-12T05:54:00.000-08:002010-04-14T17:04:37.394-07:00Série de Reportagens - Vida SozinhoConforme prometemos, finalmente o fruto de mais de um ano de nosso trabalho está aqui disponibilizado para todos vocês. Ouçam, baixem para seus computadores e descubram um pouco mais sobre a vida daqueles que moram sós.<br />Recomendamos que vocês façam o download do arquivo para melhor qualidade, porque o podcast está com problemas e alguns trechos estão sendo repetidos.<br /><br /><a href="http://tccvidasozinho.podomatic.com/player/web/2009-11-12T05_22_13-08_00" target="resource window"><b>Capítulo 1 - Ouvir</b></a><br /><br /><a href="http://tccvidasozinho.podomatic.com/enclosure/2009-11-12T05_22_13-08_00.mp3"><span style="font-size:130%;color:#ff6600;"><strong>Download - Primeiro Capítulo</strong></span></a><br /><br /><a href="http://tccvidasozinho.podomatic.com/player/web/2009-11-12T05_27_34-08_00" target="resource window"><b>Capítulo 2 - Ouvir</b></a><br /><br /><a href="http://tccvidasozinho.podomatic.com/enclosure/2009-11-12T05_27_34-08_00.mp3"><span style="font-size:130%;color:#009900;"><strong>Download - Segundo Capítulo</strong></span></a><br /><br /><a href="http://tccvidasozinho.podomatic.com/player/web/2009-11-12T05_32_52-08_00" target="resource window"><b>Capítulo 3 - Ouvir</b></a><br /><br /><a href="http://tccvidasozinho.podomatic.com/enclosure/2009-11-12T05_32_52-08_00.mp3"><span style="font-size:130%;color:#ff6600;"><strong>Download - Terceiro Capítulo</strong></span></a><br /><br /><a href="http://tccvidasozinho.podomatic.com/player/web/2009-11-12T05_36_19-08_00" target="resource window"><b>Capítulo 4 - Ouvir</b></a><b><br /></b><br /><a href="http://tccvidasozinho.podomatic.com/enclosure/2009-11-12T05_36_19-08_00.mp3"><span style="font-size:130%;color:#009900;"><strong>Download - Quarto Capítulo</strong></span></a><br /><br /><a href="http://tccvidasozinho.podomatic.com/player/web/2009-11-12T05_41_09-08_00" target="resource window"><b>Capítulo 5 - Ouvir</b></a><br /><br /><a href="http://www.podomatic.com/mymedia/get_media?item_id=2340818&dl=1"><span style="font-size:130%;color:#ff6600;"><strong>Download - Quinto Capítulo</strong></span></a>Vida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-1149664307502797272009-11-11T17:43:00.000-08:002009-11-11T18:36:07.677-08:00Nossos livrosAlgumas de nossas referências bibliográficas do TCC foram perdidas propositalmente no Auditório Hélcio Quaglio, da Universidade Municipal de São Caetano do Sul.<br />Elas foram cadastradas no projeto "<a href="http://www.livr.us/sobre.php" target="_blank">Perca um Livro</a>" que tem como objetivo transformar o mundo em uma grande livraria.<br />Os títulos foram estes:<br /><br /><span style="color:#666666;"><strong>Morar Só: Uma Nova Opção de Vida</strong></span> – Christine Machado Victorino<br /><span style="color:#666666;"><strong>Família, Sociedade e Subjetividades</strong></span> – João Carlos Petrini e Vanessa Ribeiro Simon Cavalcanti<br />Família no século XXI, Pierpaolo Donati<br /><span style="color:#666666;"><strong>Só, dores e delícias de morar sozinha</strong></span> – Rosane Queirós<br /><span style="color:#666666;"><strong>Família, gênero e gerações: desafios para as políticas sociais</strong></span> – Ângela Borges e Mary Garcia Castro<br /><span style="color:#666666;"><strong>Família, subjetividade, vínculos</strong></span> – Lúcia Moreira e Ana M. A. Carvalho<br /><span style="color:#666666;"><strong>Conversações</strong></span> – Giles Deleuze<br /><span style="color:#666666;"><strong>A Velhice</strong></span> – Simone de Beauvoir<br /><span style="color:#666666;"><strong>Ordem Médica e Norma Familiar</strong></span> – Jurandir Freire Costa<br /><br />Deixamos nossos livros sentirem a independência compartilhada por todos aqueles que moram sós. Esperamos cruzar com algum deles um dia, mas por enquanto os deixaremos desfrutar a liberdade, e possibilitar que outros possam beber da mesma fonte de conhecimento que um dia provamos.<br />Se você vir um deles por aí poderá rastreá-lo no mapa de seu trajeto através do site:<br /><a href="http://www.livr.us/" target="_blank">http://www.livr.us/</a>Vida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-63750238183642100472009-11-05T09:47:00.000-08:002009-11-05T16:02:22.639-08:00BancaA informação é feita para viajar, para circular para o maior número de pessoas possível. Não para nosso prazer bobo de vê-la por aí, mas porque ela nasce da relevância de um fenômeno que merece e deve ser compartilhado. Fenômeno este que tínhamos visto crescer e que acompanhamos por mais de um ano seu crescimento.<br />Refizemos o roteiro da nossa série de reportagens especiais quando a edição estava quase pronta, porque novas pesquisas apontavam um número maior de sozinhos do que os dados anteriores.<br />Graças à tecnologia acompanhamos mais e mais pessoas que nos contavam suas aventuras morando sozinhas, o que talvez não tenham idéia de quanto contribuiu para deixarmos nosso trabalho tal qual é hoje.<br />Ao final, esperamos reunir informações e histórias valiosas que ajudem aos que pretendem morar sozinhos, aos que já moram sós e aos que não fazem parte disso diretamente, mas que estão vivendo esse momento onde cresce cada vez mais o número de domicílios com pessoas vivendo sozinhas, o que de alguma forma causa um impacto na estrutura e nos valores de toda a sociedade.<br />Nossa banca já tem data marcada: será na quarta-feira, 11 de novembro e contará com a presença da jornalista da rádio Eldorado, <a href="http://twitter.com/sancabral" target="_blank">Sandra Cabral</a>. Além dela estará a professora da casa <a href="http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4200691H8" target="_blank">Eloiza de Oliveira Frederico</a> e o professor <a href="http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4715578T3" target="_blank">Flávio Falciano</a>, o orientador do nosso TCC, Trabalho de Conclusão de Curso.<br />Para a platéia ali presente será a primeira apresentação pública da nossa série de reportagens especiais Vida Sozinho. Isso, claro, depois de nossos pais e amigos mais próximos ouvirem tudo repetidas vezes até chegarmos ao que consideramos a edição final.<br />Mas vocês leitores não precisam se preocupar, no dia seguinte, 12 de novembro, poderão conferir a série completa aqui no blog.<br /><br />Agradecemos a todos vocês que fizeram parte disso e até mais!Vida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-73563363652127952152009-10-08T19:07:00.000-07:002009-10-08T19:40:21.982-07:00Vida SozinhoApresentamos o Vida Sozinho para nossos colegas de sala do quarto ano de Jornalismo.<br />Essa é uma atividade onde simulamos uma assessoria de imprensa: mostramos um pouco do que será nosso Trabalho de Conclusão de Curso e no final eles questionam, tiram dúvidas e, se quiserem, escrevem uma matéria sobre nosso trabalho.<br />Confiram o que publicaram nos links:<br /><br /><a href="http://quartoanoimesjornal.blogspot.com/2009/10/aprendi-me-virar-sozinha.html" target="_blank">Aprendi a me virar sozinha...</a><br /><br /><a href="http://quartoanoimesjornal.blogspot.com/2009/10/solidao-lhe-cai-bem.html" target="_blank">A solidão lhe cai bem?</a><br /><br /><a href="http://quartoanoimesjornal.blogspot.com/2009/10/vida-de-quem-mora-sozinho.html" target="_blank">A vida de quem mora sozinho</a>Vida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-10494112694844011432009-10-01T14:18:00.000-07:002009-11-13T09:00:33.230-08:00Teaser Pronto!Olá leitores,<br /><br />Estamos em fase de edição da série de reportagens especiais. Mas, pra quem está curioso, segue um teaser que adianta um pouquino do que está sendo feito.<br />É só clicar no link:<br /><br /><span style="font-size:130%;"><a href="http://tccvidasozinho.podomatic.com/player/web/2009-10-01T09_57_27-07_00">Ouvir</a></span><br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_URnCW7KcFIw/SsUe2Rk7nSI/AAAAAAAAAEI/BbHbru0Q8xw/s1600-h/vida+sozinho+2.jpg"><img style="MARGIN: 0pt 10px 10px 0pt; WIDTH: 177px; FLOAT: left; HEIGHT: 135px; CURSOR: pointer" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5387746446998740258" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_URnCW7KcFIw/SsUe2Rk7nSI/AAAAAAAAAEI/BbHbru0Q8xw/s320/vida+sozinho+2.jpg" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Locução: Daniel Pires<br />Música: Sparkly - Hope Sandoval (Faixa 3 do EP At The Dooway Again, 2001 - Rough Trade Records)Audrey Berthohttp://www.blogger.com/profile/17069353782992898013noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-70543089775197145552009-09-20T15:10:00.000-07:002010-01-14T16:21:09.036-08:00Entrevista com Mirtes Guimarães LeitãoMirtes Guimarães Leitão tem hoje 81 anos e está aposentada.<br />Vive sozinha em uma casa de larga extensão, comparada ao que estamos acostumados hoje em dia aqui na Grande São Paulo. São dez metros por cinqüenta de terreno, e cada um destes metros exige dela certa atenção, para que ela mantenha sua casa limpa e organizada, tal qual a encontramos no dia da entrevista.<br />Nestes 500 m², também há uma casa menor aos fundos, que Mirtes mantém alugada.<br />Há 28 anos, seu esposo faleceu. Passou a dividir a casa com sua mãe que também faleceu tempos depois. Com seu único filho casado, vivendo em outro lugar, Mirtes ficou sozinha.<br />Alguns anos atrás, sua neta esteve com ela até se formar na faculdade. Mas nestes últimos dois anos ela se viu sozinha novamente.<br /><div><div><div><div><div><div><br /><div></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 218px; DISPLAY: block; HEIGHT: 172px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5383694363686374418" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilf7E6phbYbEopQOIAze9cqBZu_3ovVX4mTbsdA_lAjPVcyX7usxyvs06ywXsFz1kxCT2RV4KmzO2pu-I4S9I-uvxMZwjmC84NOyvt17CJ7ne6ndzbK94MCLV1Pe2NcmRa3ZWqElxPAG8/s320/DSC00394.JPG" /><br /><div><strong>VS: Como foi seu primeiro dia sozinha?</strong><br />MGL: Bom, eu sempre tive bastante gente em casa né, no tempo do meu marido. Os parentes dele vinham muito aqui, meus parentes, depois que ele morreu sumiu todo mundo, aí eu fiquei sozinha. Bom, tinha minha mãe, depois que minha mãe morreu também, fiquei sozinha.<br /><br /><strong>VS: E quais são as maiores dificuldades de ficar sozinha?</strong><br />MGL: Ah, não tem dificuldade nenhuma de ficar sozinha. (Risos) </div><div><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-9T3XHflUldebuWMxQ-rzFwGNFB2ma51kD2UytDOTgFBgPMZ8roFg_QskY0_b5a7RY2We8YDP86x0SctExVpKVK75sJGdTADQfVDTUi8stFyM31jZKtrxje9CYnS9C9Mpe7fLndig9EU/s1600-h/DSC00368.JPG"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 213px; FLOAT: left; HEIGHT: 165px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5383697189239594034" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-9T3XHflUldebuWMxQ-rzFwGNFB2ma51kD2UytDOTgFBgPMZ8roFg_QskY0_b5a7RY2We8YDP86x0SctExVpKVK75sJGdTADQfVDTUi8stFyM31jZKtrxje9CYnS9C9Mpe7fLndig9EU/s320/DSC00368.JPG" /></a> <strong>VS: Teve alguma situação engraçada que você passou morando sozinha?</strong> </div><div>MGL: Não, que eu me lembre não.<br /></div><div><strong>VS: E no momento que você se sente só, o que você faz pra lidar com a solidão? </strong><br />MGL: Eu leio, porque eu já tive depressão, né. Então quando eu percebo assim que tá querendo dar depressão eu começo sair. Porque a gente fica sempre dentro de casa, aí começa a dar depressão, né? </div><div><br /><strong>VS: E o que você faz pra se divertir?</strong><br />MGL: Não faço nada. Saio pra passear. Eu vou lá pra casa do meu filho, lá eu saio com ele, a gente vai assim num restaurante, essas coisas. Então fico lá, distraio, às vezes eu vou ao teatro com minha sobrinha que mora aqui perto, sabe, de vez em quando, mas não é sempre. Às vezes no cinema, mas é uma vez ou outra, não é sempre não.<br /></div><div><strong>VS: E qual que é a melhor parte de morar sozinha?</strong><br />MGL: Ah, que a gente... descansa mais. (Risos). Tendo mais gente junto já é mais serviço, né. Deito a hora que eu quero. Tendo uma pessoa a mais já é diferente: a gente nunca pode deitar a hora que quer.<br /></div><br /><div><strong>VS: E o orçamento como que é?</strong><br />MGL: Ah, dá pra viver. Tem o aluguel, né, o aluguel me ajuda, eu tenho o aluguel que me ajuda. Meu filho me ajuda, muita coisa que eu tenho aqui dentro foi ele que me deu,se não só a pensão não ia dar, né? </div><div><br /><strong>VS: Você acha que morando sozinha a casa fica com o seu jeito?<br /></strong>MGL: Eu acho. Quando eu vou lá pro apartamento do meu filho, eu não vejo a hora de vir embora. Sempre eu morei em casa, né, ficar em apartamento...<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-jZJ9JCvLguyY4iyn1urKdFbfrgu06waYz_Wml8KgE790wynUVdBwDLe9V3D_kKSoMpKemHIZyeR-mnl3w-2t1YX1Z2T81wSF5loJG2XUXr_WFL3SeOfuWDc_kfkj5EpEPvi_VsNMiY8/s1600-h/DSC00376.JPG"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 236px; FLOAT: right; HEIGHT: 175px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5383696303194838946" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-jZJ9JCvLguyY4iyn1urKdFbfrgu06waYz_Wml8KgE790wynUVdBwDLe9V3D_kKSoMpKemHIZyeR-mnl3w-2t1YX1Z2T81wSF5loJG2XUXr_WFL3SeOfuWDc_kfkj5EpEPvi_VsNMiY8/s320/DSC00376.JPG" /></a></div><br /><div><strong>VS: Você gosta bastante de planta, né? (a casa é cheia de vasos). Você que cuida delas?<br /></strong>MGL: Eu cuido. Quando eu tinha saúde mesmo, que eu tenho problema de coluna, né. Era eu que limpava, arrancava mato, fazia tudo. Mas agora eu não posso abaixar por causa da coluna, então eu chamo o Ílio, aí ele limpa pra mim.<br /><br /><strong>VS: Depois desse tempo morando sozinha, você moraria com outra pessoa?</strong><br />MGL: Só se fosse necessário, mas se não, prefiro sozinha. A gente acostuma com tudo nessa vida, né. Eu tava acostumada com muita gente, depois foi indo todo mundo embora, minha mãe morreu, eu me acostumei a ficar sozinha.<br /></div><br /><div><strong>VS: Como foi esse processo de você estar morando com as pessoas e depois elas se forem?<br /></strong>MGL: A gente sente, né. A gente acha falta, sente mal de ficar... principalmente a noite, depois acostuma, já acostumei, até gosto. </div><div><br /><strong>VS: Você adquiriu alguma mania morando sozinha?</strong><br />MGL: Não. Nenhuma.<br /></div><div><strong>VS: E a sua relação com a família mudou depois que você mora sozinha</strong>?<br />MGL: Com os parentes do meu marido sim. Sumiram tudo. Porque no tempo do meu marido, ele trabalhava na Ford, né, arrumaram emprego pra todos. Depois ele morreu, não tinha mais interesse, sumiram tudo. Ela morou comigo dez anos, depois que meu marido morreu, ela mora em Bragança Paulista, foi embora e nunca mais veio aqui. Depois veio a irmã dela morar comigo, morou dois anos comigo, porque veio trabalhar na Ford, né. Depois que meu marido morreu, sumiu tudo. (Risos) Tem um irmão do meu marido que nem sei se ele é vivo ou se ele já morreu, porque os parentes dele morreu tudo, né. Ficou só o mais novo, mas não sei se ele morreu... Não sei notícia dele. Mudou pra São Carlos e não dá notícia, a gente nem sabe onde é que mora. Eu vi ele uma vez na televisão, que ele ganhou uma casa do Silvio Santos, mas não vi mais. Nunca mais deu notícia.<br /></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 228px; DISPLAY: block; HEIGHT: 160px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5383700526275574562" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEga4Zt60kNRWAVPAGMx0QZVBpJPn56ag5BE3O9VOx28P5iGAQ7EfHXGH0RWqBhp4iXCOBCGL3Gi7nmnYsM_10jGvjykiv6QvzRAZuQzhn3qdj5v-pDI2Cjl-G5Mk-JRItFGvXvdU7rbO2I/s320/DSC00445.JPG" /><br /><br /><div><strong>VS: Você acha que se relacionar morando sozinha é mais difícil?<br /></strong>MGL: Ah, eu acho que não. Se eu não gostasse de morar sozinha, mas eu gosto.<br /></div><br /><div><strong>VS: E você aprendeu alguma coisa morando sozinha?<br /></strong>MGL: Ah, aprendi. Aprendi o que todo mundo aprende. Risos. Agora depois que eu fique morando, que meu marido morreu, eu saio mais. Igual, eu fazia natação, ginástica no SESI, no tempo dele eu não fazia nada, ele saia, antes dele morrer, que ele trabalhava, eu que saia pra ir ao banco, ir ali, ir aqui, fazer as coisas que precisava. Aí depois ele aposentou, não deixava nem eu ir à feira, ele falava: “tem eu, pra que você precisa ir”. Aí eu fiquei só enfiada aqui dentro, por isso que eu tive depressão. Depois que ele morreu, agora eu vou, eu saio né, porque se ele tivesse vivo eu não podia fazer ginástica, natação que ele não deixava. Depois que ele morreu, eu comecei a fazer essas coisas, agora eu queria continuar estudando, que eu tinha pouco estudo né, não deixou. Aí depois que ele morreu aí eu já tava velha, ah. Risos.</div><div></div><div><strong><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 181px; FLOAT: right; HEIGHT: 224px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5383702595762564834" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWCKafAiIU71A12A7loeBbEhxEPXJPzPCe2cSJ1N9NOfvum8K0ge6E6qTxrN6NyUqHHz0_hDe20Fv8-iqfb0sJjo_d0XggmYbIE_gSBN11hYE0KyNsF-cpHZHisw-ByYtEPzLqobcD3Y0/s320/DSC00419.JPG" />VS: Você acha que mudou morando sozinha?<br /></strong>MGL: Mudou pra melhor. Ele não deixava fazer nada. As crianças aqui da rua, cresceram, ficaram moços, casaram e eu não fiquei sabendo que eu ficava enfiada lá encima, que eu morava lá encima né, na casa de lá. Não saia pra lado nenhum que ele não deixava, ele achava que ele fazendo não precisava eu.<br /></div><div><strong>VS: E você recomendaria a outras pessoas, a morarem sozinhas?</strong><br />MGL: Tem pessoa que não gosta, né. Muitas mulheres morrem aquele marido, tornam a casar, eu não. Pra mim uma experiência só bastou. Risos.<br /></div><br /><div><strong>VS: Não pretende casar de novo?</strong><br />MGL: De jeito nenhum! A hora que eu fiquei viúva os vizinhos aqui falavam pra mim: “ah, por que você não arruma um homem, não casa, vai ficar sozinha?”. Eu falava “sozinha é sentir muita solidão”. Eu nunca senti solidão. Quem tem fé em Deus não tem medo de ficar sozinha. Eles falavam pra mim “Ai, vai ficar nessa casa a noite, não tem medo?”, Falava “não tenho medo de nada, quem tem Deus no coração não precisa ter medo, se tiver que acontecer às coisas, acontece, tanto faz sozinha, né, com alguém junto. Eu sei que eu sou muito feliz, falar a verdade pra você. Tendo meu filho, que meu filho me ajuda muito, né, minhas netas, minha nora. Não preciso de mais nada, pra que? Agora quando eu ficar muito velha não sei o que vai acontecer, porque enquanto eu to podendo fazer as coisas, que eu faço tudo, você vê, minha casa é grande, eu faço tudo. O dia que eu não puder, aí eu não sei o que vai ser da minha vida. Risos. Só Deus sabe né. Quando a gente pode fazer as coisas a gente faz morando sozinha né, mas fica muito de idade ou doente, aí não dá.<br /></div><br /><div><strong>VS: Mas você tem medo de morar sozinha, por causa da casa?<br /></strong>MGL: Não, não tenho medo. Eu tenho medo assim se eu não puder fazer nada. Isso que é o problema. Enquanto eu puder fazer minhas coisas. Que eu quebrei a perna, caí né? Tive que operar aqui tudo. Fiquei até hoje, já vai fazer uns dois anos já, até hoje eu tenho dor, eu faço tudo sozinha, arrumei uma não deu certo, pra fazer limpeza, arrumei outra também não deu, duas não deu certo falei “ah, com dor e tudo eu faço”. Meu braço tá doendo, com esse pino aqui, dói muito, então quando não podia mexer, eu gastava: pagava e via tudo do mesmo jeito, então eu prefiro fazer com dor e tudo. Tem gente que fala, “ai, a senhora não pode fazer essas coisas”, ah, graças a Deus eu tenho idade, mas tenho vontade de trabalhar. Faço tudo em casa, ainda ajudo meu filho, vou a casa dele. Quando eu vou lá, não vou ficar deitada, né. Ajudo muita coisa, ainda mais agora que ele tá doente.<br /></div><br /><div><strong>VS: E aqui você faz tudo: cozinha...<br /></strong>MGL: Tudo, tudo. Lavo, passo. Quando minha neta tava aqui ainda, tinha ela pra eu lavar, passar, saia cedo e chegava tarde, né. Fazia tudo.<br /></div><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZEqb80OrMEhqCbeIkHulN9C3LLg6TIyntKNJP9oy94zYwzWSRpEgCZ3jGsaPEAAZ70ww5HNiZdvaFbOQetUATT9kt2hEeUyUigzLnOXVruLckv3YKFFtdAKdx47t-nZAFXjfSaFf_DuA/s1600-h/DSC00399.JPG"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 195px; FLOAT: left; HEIGHT: 153px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5383695446054653282" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZEqb80OrMEhqCbeIkHulN9C3LLg6TIyntKNJP9oy94zYwzWSRpEgCZ3jGsaPEAAZ70ww5HNiZdvaFbOQetUATT9kt2hEeUyUigzLnOXVruLckv3YKFFtdAKdx47t-nZAFXjfSaFf_DuA/s320/DSC00399.JPG" /></a><strong>VS: E as suas compras? O que você costuma comprar na despesa?</strong><br />MGL: Eu não compro as coisas de bastante. Porque eu não posso carregar sacola pesada por causa do braço, né. Então a Tatiana, assim quando tá faltando as coisas, arroz, feijão que é pesado, ela tem carro, ela vem aqui e vai comigo no mercado, aí eu compro tudo que é pesado. Aí depois eu compro mistura, fruta, essas coisas, mas trago tudo de pouco. Eu não posso esforçar muito o braço.<br /><br /><br /><div></div><br /><div><strong>VS: Você já estragou coisa por você morar sozinha?<br /></strong>MGL: Não compro que eu sei que estraga. Só arroz, feijão. Eu gosto de comprar tudo de pouco.<br /></div><br /><div><strong>VS: E a decoração da casa é por sua conta?<br /></strong>MGL: É tudo meu. A minha casa não é decorada assim. Risos. Mas é tudo meu gosto. Eu gosto de ver cada coisa no seu lugar, não gosto de “ropaiada” pra lá e pra cá, não gosto dessas coisas, por isso tem guarda-roupa. Eu tiro a roupa já lavo, no mesmo dia já passo, ponho na gaveta. Que assim não dá muito trabalho. Não gosto de ficar juntando roupa pra passar, que meu braço dói pra passar roupa. Então sabendo levar a vida... a gente vai indo, até quando Deus quiser.<br /></div><br /><div><strong>VS: Qual foi a última coisa que você comprou pra sua casa?<br /></strong>MGL: Do que?<br /><br /><strong>VS: Da mobília?</strong><br />MGL: Ah tudo que tem aqui depois que meu marido morreu fui eu que comprei. Porque o que tinha estragou, mas esses móveis aí foi ele que comprou, agora lá na cozinha, por exemplo, microondas, liquidificador, essas coisas assim, meu filho que me dá. A máquina de lavar roupa foi ele que me deu, porque eu não tinha máquina de lavar roupa. Lavava a roupa na mão. Depois que me aconteceu isso, mesmo assim eu não queria máquina. Aí meu filho ficou bravo, e comprou a máquina pra mim, porque eu não posso esfregar muito. Ficar fazendo assim no tanque. Mas eu não tenho medo, tô acostumada a lavar na mão. Quase tudo que eu tenho aí foi ele que comprou.<br /><br /><strong>VS: E as empregadas? Você não tem vontade de colocar outra no lugar?</strong><br />MGL: Não. Depois do jeito que eu vi essas duas que veio... Enquanto eu puder fazer eu vou fazer. Só quando eu não puder mais, né. Tem uma que me deu calote, foi embora me devendo R$30,00. Porque ia me pagar, desapareceu. Aí o que eu quero? Minha casa não tá suja, não tá. Eu que faço. Só de lavar esse quintal que é muito grande. Só regar o mato não dá mais, algumas eu rego, mas não dá pra ficar muito tempo assim abaixada, me dói a coluna. </div><br /><div><strong>VS: Quantos metros têm na sua casa?<br /></strong>MGL: É dez por cinqüenta. Bom aquela parte, eles (inquilinos) tudo que limpa.</div><div><br /><strong>VS: E inquilino você sempre teve?</strong><br />MGL: Bom depois que... Não, quando meu marido era vivo já tinha. Depois que fez a casa aqui na frente, que eu morava lá encima depois que fez essa casa aqui aí mudei pra cá, aluguei lá, né. Mas faz anos que eu tenho aquilo. Só a Dona Angelina,essa última que saiu, era mo<img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 217px; FLOAT: right; HEIGHT: 159px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5383698397657328578" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrdGF7BqPKh8V_xdyuJJSOqtG6PLVQsLVUmcdjEcC4T6WmE2H0fUvbP5KDarZttx7bjIESBiyJPvTZIaPDOvk_GjacOBxFtx8Em_umT583SdgwoYSmYc8jg5YMfYe8oELn2C2C3V3PRr4/s320/DSC00371.JPG" />rou doze anos aqui. Saiu porque tinha muita idade, tiraram, né. Mas ela não queria ir embora daqui de jeito nenhum. A Neusa morou nove anos, então sempre tive inquilino. Nunca levei calote de inquilino, a gente agüenta assim, alguma outra coisa, engole sapo né, pra poder viver bem, mas nunca ninguém me deu calote. </div><div><br /></div><div><strong>VS: E os inquilinos te ajudam com alguma coisa?<br /></strong>MGL: Ajuda nada! Risos. Ajuda a dar dor de cabeça, isso ajuda. É porque eu também vejo muita coisa e não falo, porque a gente tá vivendo, tem que agüentar um pouco. Porque eu vejo as coisas errada e não falo. Essa aí não me deu. Fora a Dona Angelina eu gosto demais desses. Ela é muito boa.<br /><br /><em>Todas as entrevistas estão postadas conforme a transcrição, seguindo a risca a fala, gírias e vícios de linguagem dos entrevistados. </em></div></div></div></div></div></div></div>Vida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-23763107533203807232009-09-20T14:51:00.000-07:002009-09-21T10:26:28.976-07:00Cresce o número de pessoas que moram sós no Brasil, diz IBGEÉ, morar sozinho já é uma realidade pra muitos e o número de pessoas nessa situação só vem aumentando nos últimos anos.<br />O IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, aponta um crescimento desse perfil em uma de suas pesquisas mais recentes.<br />A notícia foi publicada na última sexta-feira na TV Uol. Quem quiser pode ver a matéria no hiperlink abaixo:<br /><br /><a href="http://tvuol.uol.com.br/#view/id=cresce-o-numero-de-pessoas-que-moram-sos-no-brasil-diz-ibge-04023272E0913366/user=1575mnadmj5c/date=2009-09-18&&list/type=tags/tags=6078/edFilter=all/" target="_blank">Cresce o número de pessoas que moram sós no Brasil, diz IBGE<br /></a><br />Obs: Mais agradecimentos ao jornalista Guilherme Renso e também ao nosso orientador Flávio Falciano, por avisarem sobre essa reportagem.Vida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-44626566504336888952009-09-18T12:00:00.000-07:002009-09-18T12:50:40.896-07:00Na Hora da FomeGente, aí vai uma dica da blogueira Tute Braga, do <a href="http://morando-junto.blogspot.com/2009/09/na-hora-da-fome.html" target="_blank">Blog Morando Junto</a> , praqueles famosos momentos de fome no meio da noite. Estômago roncando, tempo curto, vocês já sabem...<br />Ah, o blog dela é "morando junto", mas a receita é uma mão na roda pra vocês aqui também!<br /><br />Na Hora da Fome<br /><br />Sabe quando bate aquela vontade de comer não-sei-o-quê?!Aquela fominha que nos leva a abrir a geladeira de madrugada, ou a qualquer momento mesmo... Bom, gente, como a grande maioria das pessoas AMAM pizza... lá vai!Quando me bateu essa fome (sim, eu estava de TPM! rs), meu namorado foi até a cozinha e... assim surgiu a PIZZA DE PÃO DE FORMA! o//<br />1. Pegue a forma de pizza e passe um pouco de azeite (só para não correr o risco de o pão de forma grudar, ou alguma coisa do tipo);<br />2. Pegue os pães de forma e coloque na forma de pizza cobrindo-a por inteiro;<br />3.Com uma colher (qualquer colher! rs) espalhe o molho de tomate (eu uso um sabor pizza mesmo, mas pode ser de qualquer tipo) em cima dos pães;<br />4. Agora é só cobrir com mussarela e "rechear" do jeito que você preferir!Vale tudo! De milho verde à ovo cozido!<br />5. Orégano! Não se esqueçam do orégano!<br />Gente! Depois que vai ao forno, essa pizza demora o tempo necessário para o queijo derreter!E essa pizza fica uma delícia!Simples, fácil, rápida e, o melhor, barata!<br /><br /><span style="color:#ff6600;"><strong>E você, qual sua receita secreta para matar a fome noturna?</strong></span>Vida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-22769306165839243572009-09-09T19:23:00.000-07:002009-09-18T12:55:50.031-07:00Vida Sozinho Entrevista: Felipe DessicoAlgumas pessoas antes de tentar a vida sozinha "de tudo", experimentam dividir a casa com alguns amigos. Qualquer coisa desde que seja fora da casa dos pais!<br />O estudante de rádio e tv, Felipe Dessico, vocalista da banda <a href="http://www.myspace.com/thepixrock" target="_blank">The Pix</a> é um deles. Sua aventura fora do país lhe rendeu um aperfeiçoamento no inglês, empregos variados, um quadro de anemia e muito, muito mais. O restante pode ser visto nos vídeos da entrevista, a seguir.<br /><br /><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/lVBSWhWsGxE&hl=pt-br&fs=1&color1=0x234900&color2=0x4e9e00"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/lVBSWhWsGxE&hl=pt-br&fs=1&color1=0x234900&color2=0x4e9e00" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br /><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/hDm2wShUIuo&hl=pt-br&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/hDm2wShUIuo&hl=pt-br&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br /><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/AK79lKDatvw&hl=pt-br&fs=1&color1=0x234900&color2=0x4e9e00"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/AK79lKDatvw&hl=pt-br&fs=1&color1=0x234900&color2=0x4e9e00" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br /><strong><span style="color:#ff6600;">Conta pra gente: o que você achou mais legal na experiência de Felipe? </span></strong>Vida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-61041007665389269042009-09-05T18:08:00.000-07:002009-11-13T09:00:41.613-08:00TrechosOlá sozinhos, sozinhas e simpatizantes!<br /><br />Aqui vai dois trechinhos da entrevista com a socióloga, <a href="http://tccvidasozinho.blogspot.com/2009/05/lucrativa-diversidade.html" target="_blank">Lilibeth Cardozo Roballo Ferreira</a> , gerente de pesquisas e estudos sociais do IBGE.<br />O primeiro é uma observação bem legal, feita no finalzinho da entrevista onde a Lilibeth comenta sobre a decoração da casa de quem mora só. O segundo é um comentário rápido sobre o blog TCC Vida Sozinho:<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHksknGt-OGn1u4sImy15JbC7h5aStbxuuWtX3jMp4pF1-3ndyGZy9acffo5CEMykPSSt8htX3-trmqv1_aroZZ6HROocOZ4gtI3s7VaCMzmSQtb5AxXOlYZ5FiuNKySkhGmOG87Y0lvE/s1600-h/vida+sozinho.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 213px; FLOAT: left; HEIGHT: 160px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5387680530559153458" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHksknGt-OGn1u4sImy15JbC7h5aStbxuuWtX3jMp4pF1-3ndyGZy9acffo5CEMykPSSt8htX3-trmqv1_aroZZ6HROocOZ4gtI3s7VaCMzmSQtb5AxXOlYZ5FiuNKySkhGmOG87Y0lvE/s320/vida+sozinho.jpg" /></a><br /><a href="http://tccvidasozinho.podomatic.com/player/web/2009-10-01T10_03_13-07_00" target="_blank">Decoração </a><br /><br /><a href="http://tccvidasozinho.podomatic.com/player/web/2009-10-01T09_53_51-07_00" target="_blank">Blog </a><br /><br />Em breve disponibilizaremos a entrevista completa com Lilibeth. Aguarde.<br /><span style="color:#009900;"><strong>E você? Concorda com ela sobre a decoração?</strong></span>Vida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-43298097315763615742009-09-02T12:57:00.000-07:002009-09-02T18:46:52.249-07:00RoteiroHá algumas semanas, estamos elaborando o roteiro da série de reportagens especiais Vida Sozinho. Isso mesmo, ao contrário do que muitos achavam, inclusive essa que vos escreve, foi possível transformar o conteúdo que levantamos em uma série de reportagens especiais para rádio.<br /><br />Foi um trabalho árduo, feito em equipe e que nos esgotou muito intelectualmente. Calma gente, é sério. Não estou fazendo drama. Pensamos em cada palavra antes de escrever. Queríamos criar um texto leve, criativo e que prendesse o ouvinte do começo ao fim. Se conseguimos, não sabemos. Mas, os resultados sempre foram positivos em nossos laboratórios com os amigos. Pelo menos, conseguimos boas risadas.<br /><br />As transcrições das entrevistas, coitadas, viraram puro papel amassado. Aliás, antes de levá-las a reunião do grupo, peguei uma chuva e acabei derrubando parte delas na água (desculpe Paula Soraia e Denis Batista).<br /><br />Definitivamente, não foi fácil. Agora, depois de quase estabelecermos uma relação passional com o texto, nosso orientador, Flávio Falciano, nos pede para alterarmos partes do roteiro. Sabemos que ele está certo, mas é quase como operar um ente querido (sem dramas).<br /><br />Bom, espero que o resultado de tudo isso seja positivo para nós, para os ouvintes e para banca. Será uma grande satisfação entretê-los.Vida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-46648676404367460592009-09-02T08:45:00.000-07:002009-09-18T12:59:11.433-07:00Uma das noites longas...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRl-PbYVVRF08PiINnevev4J9F9Drp36wNu4W1mqyjQT5hvdvgIW8XHfg760PCluIcXk_tyQOBlmD8ARAmeS58nK-1WkBQvMDC8dkwCWc-0z-cqPspibkCGgHIUQDvdz-6U6PErafhFdE/s1600-h/DSC00533.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5376897327482599010" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 170px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRl-PbYVVRF08PiINnevev4J9F9Drp36wNu4W1mqyjQT5hvdvgIW8XHfg760PCluIcXk_tyQOBlmD8ARAmeS58nK-1WkBQvMDC8dkwCWc-0z-cqPspibkCGgHIUQDvdz-6U6PErafhFdE/s320/DSC00533.JPG" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br />Produzindo o Roteiro<br /><br />Em breve vocês conferem a série de reportagens especiais Vida Sozinho no Blog.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi__yNuiVUJDMZGMXblIwZ-2-ctc8JfL8XAJRg5vfDYi3EIrhUCWi_fXrFGmJl16u0VxyKcdffgtm28YzjpHhtGf8elYDSrtuQyONETcnYLoAGs6YHiZ4Ekt8l6yMwbK2aSu0oxxJoPTnE/s1600-h/DSC00536.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5376897952314871458" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 247px; CURSOR: hand; HEIGHT: 181px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi__yNuiVUJDMZGMXblIwZ-2-ctc8JfL8XAJRg5vfDYi3EIrhUCWi_fXrFGmJl16u0VxyKcdffgtm28YzjpHhtGf8elYDSrtuQyONETcnYLoAGs6YHiZ4Ekt8l6yMwbK2aSu0oxxJoPTnE/s320/DSC00536.JPG" border="0" /></a><br /><br /><br /><br />A série que virou documentário que virou série:<br />Que bom, nosso desejo prevaleceu!<br /><br /><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioJ-dp4GAhE6Cfq_q2QYF8VWTpkYKkxiAaoPMRnDWzAE1xzN0LF2hVCveIxs3FhhGGPpEW5bxu7QXDe4-Xw1Wda6GWRuSoJbly3JMHUQdkt2y8i7wcfUwxYgS2lVIi4pihyphenhyphen9kYI72kejA/s1600-h/DSC00545.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5376898924685235330" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 234px; CURSOR: hand; HEIGHT: 169px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioJ-dp4GAhE6Cfq_q2QYF8VWTpkYKkxiAaoPMRnDWzAE1xzN0LF2hVCveIxs3FhhGGPpEW5bxu7QXDe4-Xw1Wda6GWRuSoJbly3JMHUQdkt2y8i7wcfUwxYgS2lVIi4pihyphenhyphen9kYI72kejA/s320/DSC00545.JPG" border="0" /></a></div><br /><br /><br />Sugestões de Brindes<br /><br />Pessoal, se vocês morassem sozinhos, o que gostariam de ganhar como brinde do “Vida Sozinho”?<br />Deixem suas sugestões!Vida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-45252776469576211382009-08-27T11:38:00.000-07:002009-09-05T21:22:36.860-07:00Serviço de Macho!Aproveitando a onda dos "machos" que vivem sozinhos, uma crônica do radialista <a href="http://www.twitter.com/danielpires73" target="_blank">Daniel Pires</a>, dos tempos em que teve que aprender a se virar...<br /><br />Serviço de Macho!<br /><br />Considero tudo aprendizado. Desde quando esfolava os joelhos na bicicleta, até quando vi que o tempo é o melhor remédio. Aprendi que não se devem ter opiniões precipitadas e que talento não é mostrado com palavras.<br />Aprendi também que amigos não te conhecem, acham que conhecem. Somente isso.<br />De uma nova experiência eu estou provando agora: Morar sozinho. Não somente pelas tarefas de casa, mas também pela solidão que virou companhia. Antes, não conseguia ficar sozinho e já me sentia triste. Hoje, vejo que a tristeza não é pela solidão e sim pela preguiça.<br />Mamãe fazia tudo. Papai nada. Irmãos, nada também. Eu, menos ainda. Andava, voltava ao computador, corria pro quintal e voltava ao quarto.<br />A louça era lavada, o quintal e tudo mais. Até o dia que foram embora.<br />Senti uma liberdade suprema, um sentimento de posse, do meu próprio nariz. Não que ele seja bonito, mas vale muito. Esse sentimento passou quando eu tive que lavar, cozinhar e ainda tomar banho! Não foi fácil, não mesmo.<br />Senti um acréscimo de mim mesmo, de um alguém que eu nem sequer sabia que existia.<br />Muitos amigos questionam de primeira como eu consigo sobreviver. Muitos d<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw15vQW074ttvgXXYRliBVadUnH8aj-4SsuK3MjgUu9cb7l0Q2bOVxsF2rkS1BZ_PB8kAuKfG7B2ikzjT-_hys56bStaOLnrDAuJIW6MwCwDsYWu4f1cDr0ve_mLc8RrPLIha8weRiQKA/s1600-h/Daniel.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 289px; FLOAT: right; HEIGHT: 212px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5376896094645709298" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw15vQW074ttvgXXYRliBVadUnH8aj-4SsuK3MjgUu9cb7l0Q2bOVxsF2rkS1BZ_PB8kAuKfG7B2ikzjT-_hys56bStaOLnrDAuJIW6MwCwDsYWu4f1cDr0ve_mLc8RrPLIha8weRiQKA/s320/Daniel.jpg" /></a>eles, digamos a maioria, tendo mamães como “Amélias”.<br />Pensando bem, acredito que poucos lavam e cozinham para <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5MAPznfuQ3Sp62N2URaZONhTXIAmL99ozsVSZuRrP6jl-IP72BLAJiCvVSY-T2V9vpdp-RyhktH4NoiEkgwkn9sKo0T1zcgq6UUzOBLAyX3meu3XXtiBv3SDXLIGqqnWtdbCSCfbE_HI/s1600-h/Daniel+Pires.jpg"></a>si. Alguns não sabem nem fritar um ovo, lavar banheiro então nem se fale.<br />Maricas, dona de casa, “do lar” eu fui tachado. Meus vizinhos agora me vêem lavando quintal e limpando cocô de cachorro. Quem dera, eles pensam.<br />Muitos não me conheceram antigamente, com meus quatorze, quinze anos. Quando meus pais trabalhavam fora e praticamente o dia todo eu ficava em casa, sozinho, comigo mesmo. Lavava louça, varria e aprendi a fazer arroz. Papa mas fazia.<br />O grande mal do ser - humano é querer fazer tudo de sopetão, rasteiro, sem treino. Lembro-me também quando comecei a dirigir, ano retrasado. Nunca tinha pegado um carro, aprendi na auto – escola, diferente de alguns que pegavam carro do pai e saíam por aí, ou de outros que dirigiam desde a adolescência. Eles dirigiam e eu limpava a casa. Creio que saí ganhando, pois hoje dirijo embora não tenha carro e ainda limpo a casa. Estranho.<br />Muitos deles zombavam quando meu carro morria. Para eles eu tinha que aprender na hora. Sentou, saiu e foi. Engano desse povo.<br />Muito me estranha também quando dizem que não cozinham feijão nem temperam carne. Coisa mais fácil. Poderia eu zombar deles agora. Mas não, zombaria é para os tolos. Desculpem o termo, amigos!<br />Ao cair da noite, no acender das lâmpadas, sinto saudades da minha família. Não sei o que a noite traz, mas ela traz. Porém, não me martirizo com isso. Tempo é tempo, fase é fase. Sinto uma preciosidade grande sendo gerada quando chego cansado e não tem comida porque ‘eu’ não a fiz, ou quando vou tomar café e, não tem café porque ‘eu’ não o preparei. Coisas do cotidiano, que se eu não as fizer ninguém mais faz!<br />Reflito isso com a vida: se eu não a viver, nenhum outro a viverá. Por isso que a sensação de liberdade se transforma em responsabilidade e também em “carão”. Preciso ser responsável para que minha vida seja produtiva e, também, ter motivos para fazer o que bem entendo. Tem alguém pagando minhas contas? Eu!<br />Não posso também deixar que essa liberdade seja exacerbada. Cuidado com a libertinagem!<br />Enfim, estou passando por uma fase difícil. Nem amigos, nem família e nem parentes me completam agora. (Isso que você pensou também não!), porém prazerosa. Descobrindo um alguém que aprendeu a dirigir e ainda consegue limpar a própria bunda, sozinho.Vida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-66991217617388077652009-08-27T07:48:00.000-07:002009-09-02T19:04:34.983-07:00Vida Sozinho: Homens X MulheresSaiu uma matéria no programa "Mais Você" de ontem sobre a diferença das casas dos homens e das mulheres que vivem sós.<br /><br />Taí pra quem quiser ver:<br /><br /><object style="WIDTH: 360px; HEIGHT: 300px" width="350" height="320"><param name="movie" value="http://video.globo.com/Portal/videos/cda/player/player.swf"><param name="quality" value="high"><param name="FlashVars" value="midiaId=1111793&autoStart=false&width=480&height=370"><embed width="400" height="392" flashvars="midiaId=1111793&autoStart=false&width=400&height=370" type="application/x-shockwave-flash" quality="high" src="http://video.globo.com/Portal/videos/cda/player/player.swf"></embed></object><br /><br />Nós do TCC Vida Sozinho concordamos em parte com isso: existe uma tendência maior da mulher buscar essa organização do lar, mas não podemos ignorar que encontramos rapazes que mantinham suas casas em perfeita ordem.<br />No final a gente percebe que é muito mais um hábito pessoal do que um dilema entre os sexos.<br /><br />PS: Sim, demos uma sumida por uns tempos daqui do blog, mas continuamos vivos e bem. É que estávamos numa correria (e ainda estamos) com a sequência: transcrição-roteiro-edição. No mais, sempre que sobrar um tempinho, voltamos aqui pra contar as novidades!<br />PPS: Agradecimento do Vida Sozinho ao Guilherme Renso que avisou sobre essa matéria publicada.Vida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-28198817791242105262009-06-13T13:19:00.000-07:002009-07-08T17:32:51.792-07:00Entrevista - Anderson Caneço<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeq-FiAbSJ0DvNWjZCXBQctc03xKZ5tKaBGtqNE1zsSeMFwMpiFbqZfrEMM3SqykEgDEmR0MzhtOKLC7b9jtmQ6SG0IuEcPgujh08xKYAdTAd1XewPmuyFxodiz9ERlSkvq6h4D7kIgQg/s1600-h/eu+e+rafa.jpg"><img style="margin: 0px 0px 10px 10px; width: 241px; float: right; height: 293px;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5346911618970546626" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeq-FiAbSJ0DvNWjZCXBQctc03xKZ5tKaBGtqNE1zsSeMFwMpiFbqZfrEMM3SqykEgDEmR0MzhtOKLC7b9jtmQ6SG0IuEcPgujh08xKYAdTAd1XewPmuyFxodiz9ERlSkvq6h4D7kIgQg/s320/eu+e+rafa.jpg" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQg7G9qL3iIe44X0AIw64gM_OEzG_yRFjbbJMRC5mJ3QSI40nks-dO2eXF7ITakhQtNeUQsEnra666c0gavo5aeDjKKXmyCf1zwE3Iq0IVqjF5zWKGwRCeprYl5RebIzYaP0eKk4aFx-c/s1600-h/eu+e+gi.jpg"><img style="margin: 0px 10px 10px 0px; width: 249px; float: left; height: 261px;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5346911456200458674" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQg7G9qL3iIe44X0AIw64gM_OEzG_yRFjbbJMRC5mJ3QSI40nks-dO2eXF7ITakhQtNeUQsEnra666c0gavo5aeDjKKXmyCf1zwE3Iq0IVqjF5zWKGwRCeprYl5RebIzYaP0eKk4aFx-c/s320/eu+e+gi.jpg" border="0" /></a><br /><br /></div><div></div><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Conciliar a recuperação de um acidente de moto à vida de quem mora sozinho: essa é a história de Anderson Caneço.<br /><br /><div> </div><strong>Há quanto tempo você mora sozinho?</strong><br /><div>3 anos</div><div><br /><strong>O que o levou a morar só?</strong><br />Não gostava de onde eu movara (Santo André)</div><div><br /><strong>Como foram os primeiros dias sozinho?</strong><br />Estranhos </div><div><br /></div><div></div><div><strong>Quais as dificuldades de morar só?</strong></div><div>Lavar louça e se manter organizado<br /><br /><strong>E qual é a melhor parte?</strong><br />Não ter que depender de ninguem, poder fazer o que quiser </div><div><br /></div><div></div><div><strong>Você sente solidão? Como você faz para lidar com a solidão?</strong><br />Sim principalmente de domingo a noite, não faço nada, acho que isso é o preço por morar sozinho<br /></div><div><br /><br /></div><div><strong>Quais são os seus principais passatempos?</strong><br />No momento estou afastado devido um acidente de trânsito, então passo meu tempo em internet, médicos, estudando.....<br /></div><div><br /><br /></div><div><strong>Como é a sua organização doméstica com relação ao espaço físico da sua casa, vizinhança, faxina, compras, família e amigos?</strong><br />Eu tento ser o mais organizado possível. Minha casa é grande, por isso me limito a usar todo o espaço dela. Meus vizinhos são legais, gosto de todos. Faxina sempre aos sábados. Compras são poucas. Minha familia toda é de SP. Meus amigos sempre VINHAM me visitar mais agora que estou todo estourado devido o acidente, a grande maioria sumiu.<br /></div><div><br /><br /></div><div><strong>Como é a questão do orçamento? Você consegue se sustentar? Tem dificuldades financeiras?</strong><br />Bom isso é complicado, pois no momento estou afastado pelo INSS então é meio complicado, antes do acidente estava indo muito bem.<br /></div><div><br /><br /></div><div><strong>Que tipo de comida você costuma comer? Você sabe cozinhar? Que comida não pode faltar na sua casa?</strong><br />Costumo comer a que eu faço: como de tudo, arroz, feijão, um ovo e uma saladinha de alface com tomate não podem faltar<br /></div><div><br /><br /></div><div><strong>Você lembra de alguma situação engraçada que você tenha vivido em todos esses anos morando sozinho? Já fez alguma besteira, como lavar roupa errado, estragar comida, queimar o chuveiro?<br /></strong>Muitas cagadas já aconteceram: já manchei muita roupa, já fiz arroz e esqueci de colocar sal e depois fui cozinhar de novo e virou uma papa, mas a ultima foi ter comprado uma calça de moleton (porcaria de malha), ter lavado ela e a mesma ter desmanchado na máquina e eu ter que ficar até 2 da madrugada lavando a máquina de lavar roupa.<br /></div><div><br /><br /></div><div><strong>Você se imagina, depois de tanto tempo morando sozinho (a) ou dividindo a casa com outras pessoas tranquilamente?</strong><br />Bom passei 2 anos morando sozinho, agora depois do acidente minha namorada ficou direto aqui em casa durante 1 ano e agora que acabei de ser operado pela 3° vez minha mãe esta comigo e acho bom, embora prefiro ficar sozinho.<br /></div><div><br /><br /></div><div><strong>O que mudou na sua vida depois da experiência de morar só?</strong><br />Aprendi que tudo é importante dentro de casa. Agora dou valor a cada prato lavad,o a cada cueca lavada, porque sei com é dificil manter tudo em ordem.<br /></div><div><br /><br /></div><div><strong>Você adquiriu manias neste tempo morando sozinho? Quais?</strong><br />Isso não sei te falar, só quem está perto de mim para responder.<br /></div><div><br /><br /></div><div><strong>Você acha que a relação com seus pais vai ser diferente depois da experiência de morar sozinho? </strong><br />Acho que sim, pois cada um tem seu estilo de vida.<br /></div><div><br /><br /></div><div><strong>Que música você costuma escutar nos momentos de solidão, uma música que combine com você?</strong> </div><div>Eu gosto de todos os tipos de música, todas combinam depende do momento.<br /><br /></div><div><strong>Em caso de necessidade, a quem você recorre?<br /></strong>Depende do tipo de necessidade, na maioria das vezes à pessoas com mais experiências (mãe pai).<br /><br /></div><div><strong>Você considera a sua vida muito diferente da das pessoas que moram junto com alguém?<br /></strong>Sim é bem diferente, pois não tenho ninguém para me ajudar, se eu deixar um copo sujo na mesa, ele vai ficar lá até eu pegar e lavar, coisa que não acontece em casas que a pessoa mora com mais alguém.<br /></div><div><br /></div><div><strong>Tem amigos que vivem sozinhos também?</strong><br />Sim muitos colegas, pois amigos são muito dificil de encontrar.<br /></div><div><br /><br /></div><div><strong>Você quer continuar morando sozinho ou pretende alterar essa situação?<br /></strong>Pretendo morar sozinho durante mais uns 5 anos.<br /></div><div><br /><br /></div><div><strong>Quais são os seus projetos de vida a curto, médio e longo prazo?</strong><br />Curto: ficar bom para voltar ao trabalho.<br />Médio: poder comprar minha casa pois moro na casa que é dos meus pais.<br />Longo, tá muito longe, só de eu voltar a trabalhar e ter a minha casa já tá bom demais.<br /><br /><span style="font-style: italic;">Anderson Caneço faz parte dos nossos entrevistados que não moram na Grande SP e que nos contaram suas histórias em entrevista pela internet.</span><br /></div>Vida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-19074096023793786092009-05-22T13:42:00.000-07:002009-11-13T09:01:34.428-08:00O novo perfil da família brasileira<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/3IAwDxQJN5Y&hl=pt-br&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/3IAwDxQJN5Y&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Vida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-49856544731036250552009-05-22T13:40:00.000-07:002009-05-22T13:41:54.660-07:00Oportunidades de negócios junto ao consumidor single – estudo para lançamento de um novo produto no mercado1. Introdução<br /><br />Conforme estudos feitos pelo Sebrae (2005), o segmento de mercado single despertou a atenção das empresas quanto ao potencial de consumo que representa. A indústria alimentícia, por exemplo, vislumbra este mercado oferecendo pratos prontos, salgados, minipizzas, carnes, verduras e frutas in natura embaladas em pequenas porções. E os consumidores estão respondendo a esse novo apelo. O mercado vem crescendo entre 6% a 7% por ano, segundo estimativas da Associação Brasileira das Indústrias Alimentícias (Abia).<br /><br />Segundo destaca Scaranzi (2007), uma rede de supermercados, considerada como uma das maiores do país, registra um crescimento de 10% ao ano no consumo de pratos semi-prontos. Esta rede criou duas linhas de produtos para o consumidor que não se importa em pagar mais caro por porções menores. As pessoas que formam o público single prestam mais atenção na qualidade e marcas do que no preço.<br /><br />De acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2004), em 2003, cerca de 10% dos domicílios tinham um único morador. Em 10 anos, o percentual de famílias unipessoais cresceu de 7,5% para 10,2%. De acordo com esses indicadores, 2,4 milhões destes moradores são formados por mulheres, sendo que 70,7% tinham pelo menos 50 anos de idade. Entre os homens, o maior percentual (48,9%) estava concentrado na faixa de 25 a 49 anos de idade. <br /><br />“O segmento single tende a crescer ainda mais. As pessoas estão casando tarde e os relacionamentos têm sido menos duradouros”, é o que prevê o professor de comportamento do consumidor da FGV-RJ (Fundação Getulio Vargas) Eduardo Ayrosa (apud Raquel Bocato, 2007).<br /><br />Ayrosa destaca ainda que o compromisso com os solteiros é vantajoso. “O consumidor não quer se programar e planejar todos os cardápios da semana. A indústria alimentícia pode crescer oferecendo mais opções para os solteiros”.<br /><br />Soraia Nigro (2007) destaca em seu texto que é preciso conhecer os hábitos deste consumidor. Uma pesquisa realizada pela Sense Envirosell pesquisas e informações, observou que praticidade, comodidade e conforto são os atributos que os solitários mais prezam. “Essas pessoas são sozinhas por opção ou porque tem dificuldades em partilhar seu tempo com os outros, prezam o tempo e a objetividade. Quando entram na<br />loja, sabem exatamente o que vão comprar” analisa José Augusto Domingues, diretor da Sense.<br /><br />Domingues destaca ainda que são pessoas esclarecidas que sabem avaliar a relação custo-beneficio dos produtos.”O consumidor solitário não procura preços e compra para satisfazer a suas necessidades do dia-a-dia”.<br /><br />Há cerca de dois anos as Indústrias Wickbold começou a investir em uma iniciativa que começou a ser elaborada em 1999, após pedidos realizados através do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor), foi lançado no mercado uma embalagem menor dos pães preto, integral e light. Segundo Edilberto Wickbold (2007), diretor executivo da empresa, as pessoas sozinhas reclamavam do desperdício do produto alegando<br />que o pão vencia antes que conseguissem consumir a embalagem completa. Ele lembra ainda que: embalagem menor possibilita a compra de variedades do produto.<br /><br />Eduardo Jakus, (2007) gerente de novos produtos da empresa Perdigão, acredita que apesar de pequeno o mercado single tende a crescer nos próximos anos.<br />Em torno deste contexto, o presente artigo tem o propósito de verificar a viabilidade mercadológica para o lançamento de um produto para atender o público single. Para isso, criou-se uma empresa fictícia e o seu produto, o Leite Magno, em embalagem de 500 ml.<br /><br />Este produto atenderia a necessidade dos consumidores de leite, principalmente a categoria single.<br /><br />Utilizando a caixinha com a quantidade disponível hoje no mercado (1.000 ml), após aberto o leite precisa ser consumido no prazo máximo de 48 horas (2 dias) devido à alta proliferação de microorganismos que modificam suas características normais, tornando-o impróprio para o consumo humano.<br /><br /><br />2. Desenvolvimento<br /><br />O presente estudo foi desenvolvido a partir de uma abordagem exploratória, constituindo-se em estudo de caso. A amostra do estudo foi composta por 33 pessoas, com condição principal de morarem sozinhas. O instrumento de coleta de dados utilizado foi o questionário, com questões fechadas e abertas. Sua aplicação ocorreu entre os meses de outubro e novembro de 2006. Os dados coletados forma analisados<br />quantitativamente.<br /><br />3. Resultados<br /><br />Em relação ao perfil dos entrevistados, 58% são do sexo feminino, têm idade ente 19 e 29 anos, renda entre R$ 1.000,00 e R$ 3.000,00, e não têm filhos.<br /><br />No item relacionado à utilização do leite, 85% apontou utilizá-lo para consumo próprio, e o restante utilizar para fazer doces.<br /><br />O consumo dos entrevistados em relação a quantidade gira em torno de 1 à dois copos de leite por dia.<br /><br />A preferência por leite é do tipo integral, correspondente a 58% das respostas, com destaque à embalagem tipo Tetra Pak.<br /><br />O índice de lembrança de marca mais indicada na pesquisa foi o Leite Nilza, com 33% das respostas.<br /><br />O tempo que os entrevistados demoram para consumir o leite varia entre 1 a 3 dias ou mais, sendo que 45% dos entrevistados demoram 3 dias ou mais para consumir uma caixinha de leite de 1.000 ml. Isto se apresenta como uma oportunidade de negócio neste nicho de mercado, pois é propício oferecer a esse consumidor o leite em menor quantidade.<br /><br />Entre os entrevistados, 52% do total acreditam que a quantidade de 500 ml seria o ideal para seu consumo, sem perder as características próprias e necessárias do leite, propiciando ao consumidor obter o leite sempre fresco.<br /><br />É a partir desta oportunidade que a idéia de lançamento de um novo tipo de leite no mercado se viabiliza, pois o leite em embalagem de 500 ml traz a praticidade que o público alvo para o lançamento deste produto necessita, que são as pessoas que moram sozinhas e demoram mais para consumir o leite na embalagem de 1.000 ml.<br /><br />O Leite Magno será disponibilizado em embalagem de 500 ml armazenado em embalagem TetraPak, nas opções integral e desnatado. Esta opção pode ser consumida em 1 dia (2 copos de 250 ml) ou em até 2 dias (1 copo de 250 ml por dia).<br /><br />O nome do leite foi escolhido devido o significado da palavra. Magno significa importante, está relacionado à magnífico, o que é muito bom, excelente, o que tem magnitude. Tudo o que busca passar para os futuros clientes. Um leite contendo excelência em qualidade e magnitude em praticidade.<br /><br />O layout desenvolvido é bastante agradável e sugestivo. Conforme anexo A segue figura ilustrando o produto na opção integral.<br /><br />O público single está concentrado nas regiões metropolitanas, sendo as regiões sul e sudeste que apresentam as maiores proporções de núcleos unipessoais, em particular nas regiões metropolitanas de Porto Alegre (13,5%) e Rio de Janeiro (12,5%) (SEBRAE, 2004).<br /><br />Analisando a concentração deste público por região a distribuição do produto deverá focar principalmente estas regiões visando atingir ao máximo esses consumidores.<br /><br /><br />Fonte: http://www.unimep.br/phpg/mostraacademica/anais/5mostra/backup/2/180.pdfVida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-86766692543845151342009-05-22T13:36:00.000-07:002009-09-02T19:01:44.017-07:00A odisséia de morar sozinho<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/r3DDTjELMcc&hl=pt-br&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/r3DDTjELMcc&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Vida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-13151878379359674862009-05-22T13:35:00.000-07:002009-09-02T18:44:47.915-07:00Trintões que moram com os pais formam 'geração canguru'Segundo psicoterapeuta, estabilidade financeira não é fator determinante.<br />Conforto e mordomias contribuem para que eles permaneçam no lar.<br /><br />Muitos jovens afirmam que sonham alcançar a independência e ter seu próprio canto. No entanto, vários chegam aos 30 anos no mesmo endereço dos pais. Entre os motivos estão o apreço pelo conforto e a dificuldade de se estabelecer financeiramente.<br />A psicoteraupeuta e sexóloga Mara Pusch, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), afirma que esse grupo de pessoas integra a chamada “geração canguru”, aquela que adora o conforto do lar. Na opinião de Mara, dinheiro não é fator determinante para pessoas nessa faixa etária continuarem na casa dos pais.<br />“Uma pessoa na faixa dos 30 e com curso universitário completo, por exemplo, já consegue ter uma renda que dá para pensar em se bancar. As pessoas prolongam a solteirice porque é cômodo se manter na casa da família”, diz.<br />De acordo com Mara, ao sair de casa, os jovens querem continuar com o mesmo padrão de vida, em vez de se contentar com menos mordomias. “Além do conforto, as preocupações, como contas a pagar, tendem a ser menores na casa dos pais”, diz.<br />De volta para a casa<br />Rodolfo Carreto, de 34 anos, trabalha como agente travel e após o término de um relacionamento voltou a morar com os pais. Ele tinha passado quatro anos fora de casa.<br />Ao retornar ao lar, Carreto conta que passou a se policiar mais com os horários de chegar em casa por respeito aos familiares. “Em casa não tem esse lance de ‘pegação de pé’, mas acabei impondo algumas regras para mim, a favor do bom convívio”, diz.<br />Ele afirma que sempre teve um bom relacionamento com os pais e ao voltar para casa foi muito paparicado. “Tenho a cama arrumada, a roupa passada. Passei a dar um valor enorme para isso.”<br />A dentista Viviam Mendes do Carmo, de 32 anos, passou um ano morando com o namorado no Rio de Janeiro. No entanto, o casal voltou para São Paulo em 2008. Enquanto buscam estabilidade financeira para voltar a viver juntos, cada um reside na casa de seus pais.<br />Além de ter um bom convívio com a família, ela também valoriza as regalias que tem no lar. “Eu ajudo com algumas despesas, mas tenho mais mordomias. Por exemplo, no Rio, nós não tínhamos um empregada doméstica e, em São Paulo, temos uma pessoa para realizar os serviços”, diz.<br />Em busca de companhia<br />O técnico em informática W.M., de 39 anos, também não deixou a casa dos pais. Ele conta que há fatores convenientes e inconvenientes em morar com a família. “É cômodo ter a comida da minha mãe, mas, por outro lado, também tenho que lidar com os problemas de relacionamento”, afirma. Segundo ele, é complicado fazer com que o pai aceite sua opção sexual.<br />O técnico em informática viveu fora da casa dos pais durante apenas um mês, quando – por motivos profissionais – foi morar na praia. Ele alega que a falta de companhia foi o fator que mais contribuiu para que não gostasse da morar sozinho. W.M. não descarta a possibilidade de sair da casa da família quando encontrar um parceiro.<br /><br />Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL733722-5598,00-TRINTOES+QUE<br />+MORAM+COM+OS+PAIS+FORMAM+GERACAO+CANGURU.htmlVida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-31834496688593478722009-05-22T13:20:00.000-07:002009-09-02T19:01:56.837-07:00Coisas para saber sobre morar só<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/r5WtXvoZDNo&hl=pt-br&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/r5WtXvoZDNo&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Vida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-2558795097184070122009-05-22T13:12:00.000-07:002009-09-02T19:05:21.388-07:00Solidão - Marisa Monte<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/jJj6JS7XLZY&hl=pt-br&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/jJj6JS7XLZY&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Vida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-61398112023019475472009-05-20T14:31:00.001-07:002009-06-13T13:01:46.767-07:00Revista para quem mora sozinho<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6v16PDzW4NsnT6cVAeP0mHMFXJkzIZyY740NM1lTIcX8ORSN9PGT5u99Y1Fdc_sWXDwTQkLZE18GdHv4aO3j1xwN3k29L0vlqkjfFcpuom3RLoLe_KWx4MdhnNbwKSyU80yPqDLcQ1Fo/s1600-h/LivingAloneGuilhermina01.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 238px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5338022009114471554" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6v16PDzW4NsnT6cVAeP0mHMFXJkzIZyY740NM1lTIcX8ORSN9PGT5u99Y1Fdc_sWXDwTQkLZE18GdHv4aO3j1xwN3k29L0vlqkjfFcpuom3RLoLe_KWx4MdhnNbwKSyU80yPqDLcQ1Fo/s320/LivingAloneGuilhermina01.JPG" /></a><br /><div>Veja mais no site: <a href="http://portalalone.com.br/index.php">http://portalalone.com.br/index.php</a></div>Vida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6172435222422149298.post-65838968435350494852009-05-20T14:23:00.000-07:002009-09-02T18:45:15.504-07:00Solitário é bom partido para MPEsPúblico formado por jovens sem filhos, divorciados e viúvos é aposta de lucro<br /><br />Poucos provavelmente vão se lembrar de que amanhã, 15 de agosto, é o Dia dos Solteiros. Mas, certamente, há um grupo de pessoas que não se esquece em momento algum dos que vivem sozinhos: o dos empresários que investem em produtos e serviços para o segmento, que tem projeções de crescimento em quase todos os países, inclusive no Brasil.<br />Por aqui, a clientela potencial vem crescendo progressivamente, segundo consultores ouvidos pela Folha. São mulheres que ingressam no mercado de trabalho e adiam os planos de ter uma família para firmar-se profissionalmente, jovens que se separam dos pais para morar perto da universidade, descasados e solteiros que descartam a vida a dois. Se eles estão sozinhos em casa, não foram abandonados pelas empresas de serviços, pelas indústrias nem pelo segmento de varejo.<br />"O segmento "single" tende a crescer ainda mais. As pessoas estão casando tarde e os relacionamentos têm sido menos duradouros", prevê o professor de comportamento do consumidor da FGV-RJ (Fundação Getulio Vargas) Eduardo Ayrosa.<br />Ayrosa destaca que alguns empresários ainda não perceberam que o compromisso com os solteiros é vantajoso. "Há espaço para o serviço de pequenos reparos de roupas, manicures que atendem em domicílio e comidas semiprontas", enumera. "O consumidor não quer se programar e planejar todos os cardápios da semana. A indústria alimentícia pode crescer oferecendo mais opções para os solteiros."<br />O coordenador do departamento de economia da Abia (Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação), Denis Ribeiro, não demonstra tanto otimismo e vê com cautela os investimentos específicos em produtos voltados a esse consumidor. Ele estima o mercado potencial em 700 mil no Brasil. "Esse é um segmento com chance de crescimento, mas está atrelado ao aumento da renda do consumidor", argumenta.<br />Produtos à vista<br />Há quatro anos, a Sakura inovou ao criar uma linha de molhos prontos para saladas em recipientes menores. Passou, depois, para temperos preparados e para sopas do tipo instantâneo.<br />"O segmento representa hoje 12% do faturamento da empresa e vem crescendo a taxas de 20% ao ano", assinala Roberto Ohara, diretor de desenvolvimento e de novos produtos da Sakura.<br />"Realizamos estudos para ampliar a oferta de produtos e devemos lançar mais algumas novidades até o primeiro semestre do ano que vem", complementa. Segundo ele, a concorrência acordou para o mercado "single": "As empresas estão mais agressivas nos últimos anos".<br />Não são só as indústrias de alimentação que lucram com o segmento dos solitários. Agências de turismo, bares e lavanderias são outros exemplos de negócios que estão flertando com esse público.<br />Perfis diferentes<br />De acordo com o coordenador de cursos e pesquisas do Provar/ FIA (Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração), Luiz Paulo Lopes Fávero, há outras brechas para a criação de mais serviços, como delivery para farmácias, supermercados 24 horas e lojas de materiais de construção no estilo "faça você mesmo".<br />O único porém é a escolha do negócio e a sua localização. "Existem dois subgrupos no mercado "single': o das pessoas jovens e o da terceira idade. Apesar de morarem sozinhos, seus hábitos de consumo são diferentes", diz.<br />De acordo com ele, a forma de conquistá-los é diferente. "Os de menor faixa etária são mais fiéis a bens duráveis, como aparelhos de som, e semiduráveis, a exemplo das roupas. Os idosos preocupam-se principalmente com o preço e com a comodidade."<br />Empresários mudam o foco para atrair clientes<br />Há cinco anos, o empresário José Roberto dos Santos criou o site Amigos & Cia. Voltado a relacionamentos, cobrava taxa de inscrição para que o solitário encontrasse seu par perfeito. A internet era apenas uma das formas de aproximação dos pares. Para promover o encontro, Santos organizava também festas e jantares.<br />"Comercialmente, essa proposta não se mostrou vantajosa", revela Santos. Em dois anos, modificou o foco do negócio e passou a evitar relacionar os serviços oferecidos à formação de casais. "Comecei a promover eventos para que os divorciados, que geralmente se afastam dos amigos depois de casados, formassem um novo círculo de amizades."<br />Hoje, mescla viagens e festas, mas enfatiza que esse é um negócio que exige alguns cuidados: "Esse cliente tem seis meses de vida útil. Depois, encontra amigos e passa a freqüentar bares e restaurantes com eles".<br />A Table for Six também alterou sua linha de atuação. No início, há quatro anos, promovia jantares e encontros entre seis pessoas: três homens e três mulheres.<br />Há dois meses, não há mais restrição à proporção entre os sexos. Elas, por serem maioria, também ganharam o "Women Only", com roteiros que vão de relaxamento em spas a visitas a casas noturnas.<br />Ajuda do cupido<br />Há quem ainda ache que a formação de casais dê bons resultados comerciais. A CSB Singles" Tours promove reuniões semanais para solteiros e divorciados. Apesar de afirmar que o intuito é apenas "fomentar amizades", o idealizador Leslie Benveniste criou o "Flecha do Cupido", um serviço de correio-elegante.<br />"São pessoas entre 30 e 70 anos, bem-sucedidas, mas tímidas", explica Benveniste, que tem 240 reservas para o próximo jantar.<br />Graduada em moda, Angela Robledo investiu em festas para solteiros durante dois anos. "Há esse tipo de evento todas as noites", afirma ao justificar o fim das atividades, em 2003. Daquela época, restaram um site e algumas camisetas com a marca. "Vamos reformular a página na internet e quero criar a grife SPO, com roupas para homens e mulheres."<br />Sem-filhos também tornam-se alvo<br />Casais com horários diferentes têm perfil parecido com o de quem vive só<br />Há pouco tempo, o mercado "single", que representa cerca de 10% das famílias brasileiras, começou a atrair a atenção das empresas. Eram solteiros, divorciados e viúvos que viviam sozinhos e que, segundo a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), somavam cerca de 5 milhões de pessoas.<br />Indústria, varejo e setor de serviços investiram pesadamente para agradar a esse consumidor. Criaram embalagens individuais, porções menores, promoções e roteiros turísticos para o nicho. E, mesmo que não intencionalmente, acabaram acertando também o coração de um outro perfil, em especial no setor alimentício: o de casais que moram juntos, mas que têm horários diferentes.<br />"Como muitos não têm condições de fazer as refeições em família, optam por pratos individuais, de fácil preparo", explica o diretor comercial de mercado interno da Sadia, Gilberto Xandó.<br />Para conquistar os solitários e as famílias sem filhos, que juntos representam 23% da população, a empresa desenvolveu uma linha de pratos congelados, vendida em porções individuais. "Esperamos um crescimento de 6% na venda desses produtos em 2005."<br />A Moinhos Unidos Brasil Mate, fabricante do chá mate Real, investe há oito anos no mercado para solteiros e jovens casais. "Recebemos mensagens pelo SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente), além de e-mails, pedindo para que fizéssemos produtos para pessoas que não têm filhos", comenta o vice-presidente da empresa, Diogo Fontana.<br />As mensagens deram resultado. A empresa formatou outra opção de caixas de chá. Agora oferece as tamanho-família, com 25 saquinhos, e as "single", com dez.<br />Além de oferecer o produto em embalagens com quantidades menores, a companhia investiu em três opções para os solteiros. "Elaboramos caixas mistas, que hoje correspondem a quase 6% do faturamento da empresa", revela Fontana.<br />Para ele, há mais espaço para esse tipo de produto. "Até o ano que vem, vamos lançar outros itens para atender aos solteiros."<br />Roupa lavada “com mimo” dá lucro<br />Antes da viagem, basta juntar as peças de roupa em uma mala, ainda que estejam sujas e amarrotadas. O resto -deixá-las limpas, passadas e organizadas dentro da bolsa- fica a cargo da lavanderia.<br />O zelo ao consumidor solteiro, descasado ou viúvo está explicado nos números. "Atualmente, o público "single" chega a 30% dos usuários de lavanderia", afirma o diretor da rede de lavanderias Qualittà, Hermínio Coimbra.<br />É do empresário a idéia de criar o "kit solteiro", que inclui a limpeza de roupas, lençóis, fronhas e toalhas de banho e de mesa. "É preciso oferecer pequenos mimos para fidelizar esse tipo de consumidor", explica o empresário.<br />Atualmente, existem cerca de 6.000 empresas do ramo atuando em todo o país. Segundo estimativas do Sindilav (Sindicato das Lavanderias e Similares do Município de São Paulo e Região), o setor deve crescer 40% em ofertas de serviços e 20% em faturamento nos próximos cinco anos.<br />O público de solteiros e de descasados está incluso na conta. "Estimamos um aumento de 20% desse modelo de cliente nos próximos oito anos", diz o presidente do Sindilav, José Carlos Larocca.<br />Ao contrário do que se pode imaginar, a explicação para a procura não está somente na praticidade e nas promoções. As tendências de consumo do vestuário também influenciam. "Atualmente, as roupas são feitas com fibras diferentes, são mais sofisticadas e exigem cuidado redobrado para a limpeza", ressalta Larocca. "Além disso, as construtoras de apartamentos vêm reduzindo o espaço da área de serviço."<br />Ser cupido de viajante vale a pena<br />Ver viajantes solitários em meio a casais com filhos e turmas de amigos deu a idéia: criar um pacote de viagens que incluísse apenas pessoas sem par entre os passageiros. Tímida, a iniciativa ganhou corpo. Atualmente, o "Just for Singles", é responsável por 80% do faturamento da Terrazul.<br />"Muitos casaram-se depois dos passeios", comemora a proprietária, Yolanda de Oliveira. "Quando o pacote foi criado, não esperava que houvesse tanta demanda."<br />Hoje com fila de espera para o próximo passeio, Oliveira conta que precisou fazer algumas adaptações nos roteiros e nas atrações para agradar ao público. "Eles exigem bons hotéis e gostam de programas com muita atividade."<br />Com apenas dois anos no mercado de solteiros, a Pisa Trekking planeja oferecer viagens internacionais aos grupos até o fim do ano. "Programamos um passeio para a Patagônia", diz o proprietário Maurício Lino de Almeida. O investimento, segundo ele, é uma aposta baseada no sucesso dos roteiros rodoviários. "O nicho representa 25% dos pacotes."<br />"Esse é um mercado muito promissor", afirma o diretor da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagem) Leonel Rossi. "Há bastante espaço para empresas especializadas em solteiros."<br />Apesar de dizer não haver segredos nesse ramo, Rossi afirma que o agente deve imergir no tema para atender ao público. "Podem-se copiar fórmulas do exterior, mas são necessários alguns ajustes para os brasileiros." E acrescenta: "Para os que já têm uma agência, é melhor abrir uma outra, focada nesse público. O consumidor tem mais confiança em alguém especializado".<br />Em boa companhia<br />Alguns segredos do ponto-de-venda para conquistar o consumidor "single":<br />- Estar aberto 24 horas<br />- Manter a linha light/ diet de produtos próxima dos similares convencionais.<br />- Oferecer comida pronta.<br />- Garantir ampla variedade de marcas.<br />- Organizar caixas suficientes para evitar filas.<br />- Investir em demonstração e degustação da maior parte dos produtos.<br />Reportagem: Raquel Bocato<br /><br />Fonte: <a href="http://www.sebrae-sc.com.br/newart/default.asp?materia=10063">http://www.sebrae-sc.com.br/newart/default.asp?materia=10063</a>Vida Sozinhohttp://www.blogger.com/profile/13224582883349202010noreply@blogger.com0